O advogado do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, manifestou insatisfação com a forma como a Polícia Federal (PF) disponibilizou documentos referentes ao processo que investiga tentativa de golpe de Estado. Em alegação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa criticou o “grande volume” de arquivos sem organização específica, o que, segundo o advogado, dificulta o exercício do direito à ampla defesa.
Um dos exemplos citados foi o arquivo identificado como “6EQ01AA752024”.
Como é possível localizar um arquivo desse nessa montanha de documentos e nesse excesso de itens com nomes que não se entendem, não se sabe de onde vem?
questionou o representante legal do militar.
- Mauro Cid solicita aposentadoria do Exército enquanto aguarda desfecho de processo no STF
- Bolsonaro e aliados produziram provas de tentativa de golpe: “não há como negar fatos públicos”, diz Gonet
- PGR defende condenação de Bolsonaro por golpe e aponta “plano sistemático de ataque”
A defesa argumenta que a falta de indexação ou descrição clara dos conteúdos viola princípios processuais básicos.
O general Heleno é um dos oito réus do processo relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. A PF reuniu milhares de documentos digitais durante as investigações, incluindo mensagens, e-mails e relatórios. Advogados de outros investigados já haviam feito reclamações semelhantes sobre a suposta desorganização do material.
Bookmark