A CPMI do INSS aprovou, nesta quinta-feira (04), a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para explicar as suspeitas de favorecimento à empresa Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A. O requerimento foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que aponta que a autorização para a empresa operar consignados a aposentados, pensionistas, beneficiários do BPC e do Auxílio Brasil ocorreu às vésperas das eleições de 2022.
Segundo Correia, o contexto eleitoral e o fato de Zema ser acionista da empresa levantam suspeitas sobre interferência política no processo.
“Foi durante a campanha de reeleição dele (Zema) em 2022 que essa empresa recebeu do governo Bolsonaro o direito de fazer consignado de pessoas que recebiam o Auxílio Emergencial e o BPC. Foram apenas 11 instituições autorizadas em todo o Brasil. Será que foi o Zema que intercedeu junto ao governo Bolsonaro para beneficiar a empresa da família? É isso o que nós queremos saber”, afirmou.
Conflitos de interesse
Zema enviou uma carta ao colegiado afirmando ter apenas 16% das ações da empresa e estar afastado da administração desde 2018. Para Correia, a justificativa não elimina os possíveis conflitos de interesse:
“É claro que ele precisou se afastar para assumir o governo. Mas ele tem 16% da participação na Zema Investimento, e seus irmãos e o pai detêm o restante. É uma empresa 100% da família dele”, lembrou Correia.
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