O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu a memória dos processos políticos recentes no país, destacando um contraste de posturas adotadas por chefes do Executivo alvo de ações na Corte.
Em 2016, durante seu processo de impeachment, a então presidenta Dilma Rousseff compareceu pessoalmente às sessões no Senado Federal. Sua presença, registrada pela imprensa, foi amplamente notada pela postura de enfrentamento político direto, assim como fez quando foi presa e torturada pelo regime militar, defendido por Bolsonaro e seus apoiadores.
O ex-presidente e líder da extrema-direita, Jair Bolsonaro, optou por uma estratégia diferente e não compareceu ao início de seu julgamento pela Primeira Turma do STF nesta terça-feira (2). Sua defesa justificou a ausência com base em razões de saúde, citando complicações decorrentes do atentado a faca que sofreu em 2018.
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Embora a estratégia processual seja válida, o significado político é forte. Jair Bolsonaro se notabiliza pela ausência de coragem e pelo abandono de aliados que são presos ou considerados traidores por sua claque.
Dilma disse que a história mostraria a verdade. Sempre mostra.
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