O Conselho de Ética da Câmara Federal decidiu, nesta quarta-feira (22), por 11 votos a 7, arquivar o pedido de abertura de processo de cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por quebra de decoro parlamentar.
O pedido foi apresentado pelo PT sob o argumento de que, dos Estados Unidos, onde vive desde fevereiro, o parlamentar tem feito ataques para difamar instituições brasileiras, em especial contra o Supremo Tribunal Federal e seus ministros, além de articular sanções contra o país.
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A maioria dos deputados acompanhou o voto do relator, Delegado Marcelo Freitas (União-MG) – amigo de Eduardo e da família Bolsonaro – que alegou não ter visto quebra de decoro na atuação do parlamentar nos EUA.
“Posso discordar veemente das palavras ditas por Eduardo Bolsonaro, mas entendo que esse Conselho de Ética não tem o condão de atuar como o verdadeiro censor das palavras ditas no Brasil ou no exterior”, afirmou Freitas.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), disse que vai apresentar recurso para que o caso seja levado à votação no plenário.
Veja como cada deputado votou:
Pelo arquivamento:
Albuquerque (Republicanos-RR)
Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Delegado Fábio Costa (PP-AL)
Delegado Marcelo (União-MG)
Domingos Sávio (PL-MG)
Fausto Jr. (União-AM)
Gilson Marques (Novo-SC)
Gustavo Gayer (PL-GO)
Gutemberg Reis (MDB-RJ)
Julio Arcoverde (PP-PI)
Contra o arquivamento:
Castro Neto (PSD-PI)
Chico Alencar (PSOL-RJ)
Dimas Gadelha (PT-RJ)
João Daniel (PT-SE)
Josenildo (PDT-AP)
Maria do Rosário (PT-RS)
Ricardo Maia (MDB-BA)
