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Condenação de Bolsonaro expõe silêncio político e baixa mobilização nas ruas

(Foto: Wilton Junior/Estadão)

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão teve um impacto simbólico imediato: ausência de discursos de apoio no Congresso e ruas praticamente desertas em Brasília. O contraste chamou atenção, já que em outros momentos de crise, manifestações em defesa do ex-chefe do Executivo ganharam força e barulho.

Na CPMI do INSS, parlamentares da base governista reagiram de forma irônica. O deputado Rogério Correia (PT-MG) chegou a reproduzir o tradicional som do “plantão da Globo”, arrancando risadas dos colegas. Do outro lado, o silêncio dos bolsonaristas se impôs: nenhum protesto, nenhum coro de “mito”.

Fora do Congresso, o cenário também foi de retração. Ambulantes levaram bandeiras para os estúdios da Globo, mas encontraram pouco público. A única movimentação mais visível ocorreu diante do condomínio onde Bolsonaro vive, em Brasília: cerca de 50 apoiadores se reuniram para rezar e erguer faixas pedindo sua volta.

Especialistas divergem sobre os efeitos políticos

Para analistas entrevistados pelo UOL, o baixo comparecimento não significa o fim do capital político de Bolsonaro. A cientista política Graziella Testa (FGV) avalia que o ex-presidente mantém um eleitorado fiel, construído ao longo dos últimos anos como principal voz de oposição a Lula. Já Rafael Cortez, do IDP, aponta que a condenação pode acelerar a disputa interna da direita por um novo líder, dividida entre a ala radical e a moderada.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi um dos poucos nomes de peso a se manifestar publicamente, declarando apoio e classificando a decisão judicial como injusta.

Desafios para a direita

O futuro do bolsonarismo passa também pela própria família Bolsonaro. Michelle, Eduardo e Carlos surgem como possíveis herdeiros políticos, mas atritos internos e críticas a aliados têm dificultado a construção de pontes. Para especialistas, a posição da família será decisiva na escolha de quem vai rivalizar com Lula em 2026.

Enquanto isso, o silêncio nas ruas e no Congresso evidencia um momento de reacomodação da direita brasileira diante de uma condenação histórica.

*Com informações do portal UOL

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