Rio Grande do Sul registra maior queda na alfabetização infantil do país, frustrando metas e expondo fragilidades na gestão educacional de Eduardo Leite.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), que recentemente anunciou ser pré-candidato à Presidência da República, está à frente de uma administração que amarga índices muito negativos quando o assunto é educação. O Estado registrou a maior queda percentual de alunos alfabetizados entre 2023 e 2024, segundo dados do Indicador Criança Alfabetizada, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
Entre os estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental da rede pública, o índice caiu de 63,4% para 44,67%, uma redução de quase 19 pontos percentuais. A meta para o ano era de 66,2%.
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Com esse resultado, o Rio Grande do Sul caiu da sexta melhor posição no ranking entre os Estados em 2023 para o quarto pior desempenho em 2024. Para 2025, a meta do Estado é chegar a 68,8% de crianças alfabetizadas até o fim do 2º ano, o que dependerá um salto de mais de 24 pontos percentuais em relação a 2024.
O governo gaúcho atribui o problema às enchentes que atingiram o Estado no ano passado. A ex-deputada federal Manuela Dávila pensa diferente, e classificou o desempenho do RS como o “maior escândalo nacional do Brasil”. Segundo ela, as enchentes não são a única razão do resultado negativo.
O governador Eduardo Leite tentou fazer da educação uma de suas principais vitrines. Mas as escolhas ideológicas e políticas que fez foram todas equivocadas: congelou salários, desvalorizou o magistério, precarizou a infraestrutura das escolas e apostou em consultorias privadas, ignorando as universidades públicas e comunitárias que poderiam ser aliadas na reconstrução da rede
apontou ela.
As enchentes agravaram uma situação que já era crítica. Mas não foram a causa, foram a faísca num campo já seco e abandonado
afirmou Manuela.