O governo Trump impôs nesta segunda-feira (22), sanções contra a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, e ao instituto jurídico Lex, dirigido por ela. As sanções são as primeiras aplicadas após à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF por liderar a trama golpista.
Viviane e a organização foram incluídas na Lei Magnitsky, que restringe o acesso ao território dos EUA, congela bens no país e impede transações financeiras em dólar com toda e qualquer instituição bancária que atue no país — o que inclui, por exemplo, as bandeiras de cartões de crédito Visa e Mastercard.
A inclusão da advogada foi publicada no site oficial do do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), órgão do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
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O instituto Lex pertence a ela e aos três filhos do casal. As sanções já eram esperadas desde que o STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentar um golpe de estado para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022. As punições acontecem exatamente onze dias após a condenação do ex-presidente ser aprovada por 4 votos a 1 da Primeira Turma do STF.
As novas sanções também estão sendo aplicadas um dia após as grandes manifestações contrárias à anistia e à PEC da Bandidagem movimentarem todas as capitais brasileiras, neste domingo (21).
Em julho, o próprio Alexandre de Moraes, relator do processo contra Bolsonaro, havia sido incluído nos sancionados pela Lei Magnitsky. Em seu voto, o ministro deixou claro que nenhuma ameaça interna ou externa mudaria sua posição em relação ao processo contra o ex-presidente.
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