Os Estados Unidos seguem sua cruzada contra a paz mundial e votaram por permitir a continuidade do genocídio do povo palestino. Com estimativas de mais de 250 mil mortos e feridos — cerca de 10% da população da Faixa de Gaza —, a destruição perpetrada pelo regime de extrema-direita de Benjamin Netanyahu tende a aumentar ainda mais.
O voto de quinta (18), no Conselho de Segurança da ONU, resultou na rejeição de uma resolução que pedia um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, além do fim das restrições israelenses ao acesso humanitário.
O Conselho de Segurança da ONU é composto pelos cinco membros permanentes — China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos —, que têm poder de veto sobre qualquer decisão. Além deles, outros dez países são eleitos pela Assembleia Geral para mandatos de dois anos. A proposição vetada pelos EUA partiu justamente deste bloco, que costuma representar interesses mais periféricos.
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Em junho, o grupo formado por Argélia, Dinamarca, Grécia, Paquistão, Panamá, Somália, Guiana, Coreia do Sul, Eslovênia e Serra Leoa já havia apresentado uma resolução semelhante, também rejeitada pelo mesmo placar de 14 a 1, com a oposição norte-americana.
Sem o veto, um cessar-fogo imediato teria sido imposto a Israel e a ajuda humanitária entraria sem restrições em Gaza. A curto prazo, haveria monitoramento internacional e pressão direta sobre o governo Netanyahu para interromper o massacre que, apenas em julho deste ano, deixou quase 12 mil crianças em condições de “desnutrição aguda”, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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