O cantor sertanejo Iuri Gomes Oliveira Ramires, conhecido como “Cowboy”, foi assassinado no último sábado (30) em Campo Grande, no bairro Santa Emília. O artista, que já havia formado dupla sertaneja e mais recentemente seguia carreira solo, foi executado dentro de casa com pelo menos oito disparos.
Natural da capital sul-mato-grossense, Iuri acumulava um histórico criminal marcado por tráfico de drogas, suspeitas de envolvimento com facções e acusações graves, entre elas o uso de documentos falsos. À época, a polícia o apontou como um dos principais traficantes de armas e drogas da região Noroeste da cidade e o vinculou ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante as investigações, ele foi monitorado por meses e flagrado em negociações de armamentos, incluindo pistolas e até um fuzil AK-47.
Em 2020, apesar da trajetória marcada por problemas com a Justiça, Iuri decidiu investir novamente na música e lançou faixas que circularam em plataformas digitais, como “Boca Errada” e “Novo Engano”. Entretanto, sua ligação com o tráfico voltou a aparecer. Em fevereiro deste ano, ele foi preso em flagrante em Goiânia, após ser flagrado descartando uma caixa com 14 quilos de maconha. O flagrante foi convertido em prisão preventiva, mas ele acabou sendo solto meses depois, com tornozeleira eletrônica.
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Ele também era acusado de estupro de vulnerável, em um caso que envolve duas meninas menores de idade, com denúncias em sigilo judicial. Uma medida protetiva chegou a ser concedida para as vítimas após relatos de ameaças.
Na noite do crime, segundo testemunhas, dois homens invadiram a residência onde o cantor vivia havia cerca de um mês. A porta foi arrombada e os disparos foram efetuados dentro do quarto. O caso está sob investigação da polícia, que apreendeu o celular da vítima para análise.
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