Uma banda de hardcore que traz a essência do estilo e, ao mesmo tempo, uma sonoridade nova, contemporânea, esperta e sagaz. Basta ouvir alguns segundos de Budang para perceber algo de muito especial, tanto na inventividade das músicas, na velocidade dos vocais e nos incríveis riffs de guitarra.
Formada por Guilherme Larsen Güths (voz), Vinícius Lunardi (guitarra), Pedro Sabino (baixo) e Felipe “Minhoca” Royg (bateria) em Florianópolis, em 2019, a Budang tem uma trajetória ascendente até aqui, tendo dividido o palco com grandes nomes do cenário e lançado um punhado de singles, quatro EPs e um split.
Agora eles estão prontos para lançar o primeiro álbum, que marca uma nova fase em sua carreira. Produzido por Rafael Ramos, o disco é o primeiro da parceria com a gravadora Deck e traz 16 faixas surpreendentes. Os temas passam por questões políticas e desigualdades sociais, como “Mágica”, que trata da “pejotização da classe trabalhadora” e “Bolsonanny”, sobre a tentativa de golpe do 8 de janeiro.
Espero que todos os que participaram dessa barbárie sejam punidos. Quanto aos riffs, quis chegar em algo meio Speed, Turnstile ‘das antigas’, Nação Zumbi. Mas quando geral se juntou pra pegar o som, acabou vindo um ar de RDP na parada, a mão do Minhoca melhorou muito esse som
comentou o vocalista Guilherme Larsen.
“Magia” e “Budangól”, já lançadas como single e sempre tocadas em sequência, falam sobre a própria banda, seus integrantes e usa “dizeres” de Florianópolis, mostrando a essência da sonoridade do grupo. “T.M.P.D.P.H.S.” é sobre pessoas que estão sempre reclamando da vida, “Aditivos” sobre excessos e “Novo Cardápio” fala sobre… azia.
“Gosto Bom” versa sobre um romance, mas em cima de uma base com sonoridade bem pesada.
Música para dançar apaixonado
aponta Minhoca.
“Deixa Quieto” é sobre um relacionamento que não vale a pena.
Essa tem um clima mais ‘Angel Dust’, canção de violão, tem um interlúdio inspirado em Pixies e um final super ‘Sonic Youth’. O baixo é carro chefe nessa. Foi bem difícil de gravar, mas ficou muito fera. Tem vários efeitos doidos e é a música que mais usei amplificadores. São 4 no total, para ter esse som mais limpo da guitarra com os efeitos
explica Vini.
‘Ponto de Não Retorno” é uma composição recente, feita num final de ensaio.
Essa é uma das músicas mais divertidas de tocar, o verso dela vem de um pulso grunge e cai num hardcore punk, concluindo em um breakdown doideira e orgânico
comenta Felipe Royg, o Minhoca.
Entre outras surpresas, há uma releitura de “1406”, dos Mamonas Assassinas.
Essa música deles sempre chamou atenção por ser mais pesada, quase HC mesmo. Eles são referências sempre, de não se levar muito a sério e tals, aí a gente resolveu fazer. É uma revisada ‘twostep’ do som deles, uma versão da Budang. Eu gosto muito de fazer isso, fizemos algo parecido com o Jovens Ateus (na faixa ‘Flores Silvestres’) e com o Eutha (na faixa ‘Virgínia’) que já lançamos no passado. No final tem outro breakdown pra galera se quebrar no show e acabar o álbum num gostinho de quero mais
finaliza Vinicius.
“Magia” é, sem dúvida, um dos melhores discos de rock do ano e um dos álbuns de estreia mais surpreendentes dos últimos tempos.
Simultaneamente ao álbum, a Budang lança o clipe da música “Mágica”, dirigido por Jorge Daux.
Ficha técnica clipe:
Direção: Jorge Daux
Direção de fotografia: Willian de Souza
Imagens: Vitor Rossi e Willian de Souza
Montagem: Jorge Daux e Willian de Souza
Color grading e finalização: Vitor Rossi
Making of: Maikele Pasini
Lettering e Arte: Vinicius Flores
