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Brasil e China reforçam parceria e prometem enfrentar “atos de intimidação” juntos

Para a China, estreitar a parceria com o Brasil é estratégico para consolidar sua influência no Sul Global e contrabalançar pressões dos Estados Unidos. (Foto: Ken Ishii/POOL/AFP)

China e Brasil reforçaram laços estratégicos em um telefonema entre os chanceleres Wang Yi e Mauro Vieira, na quinta-feira (28). Na conversa, Pequim manifestou disposição de “resistir ao unilateralismo e às práticas de intimidação” ao lado de Brasília e do BRICS. Horas antes, o governo brasileiro havia formalizado o processo de reciprocidade econômica contra os Estados Unidos, após a imposição de tarifas consideradas punitivas sobre exportações nacionais — gesto que recebeu apoio imediato da diplomacia chinesa.

Esse alinhamento é apontado como fundamental para fortalecer iniciativas coletivas e instituições globais. Como destacou o presidente Lula em recente entrevista:

O que o presidente Trump está fazendo é desmontar o multilateralismo, onde acordos são feitos coletivamente, dentro de instituições, e substituí-lo por unilateralismo

afirmou.

Para a China, estreitar a parceria com o Brasil é estratégico para consolidar sua influência no Sul Global e contrabalançar pressões dos Estados Unidos. O chanceler Wang Yi ressaltou que a relação bilateral vive “o melhor momento histórico” e que a cooperação deve se expandir em áreas como saúde, petróleo, gás, economia digital e satélites. Apoiar Brasília significa não apenas ampliar a coordenação dentro do BRICS, mas também assegurar um aliado de peso na América do Sul.

A agenda diplomática prevê novos encontros entre os dois países ainda neste semestre. Está confirmada a participação de representantes brasileiros e chineses na cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, em outubro (2025), além de reuniões bilaterais programadas para o G20 em novembro, no Rio de Janeiro. Também estão em preparação missões técnicas sobre energia e economia digital, previstas para ocorrer em Brasília e Pequim até o fim do ano.

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