O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele, e as lesões já foram removidas cirurgicamente. A informação surge em um contexto marcado por descaso em seu histórico em relação às políticas de saúde para pacientes oncológicos.
Em 2015, Bolsonaro, então deputado, desejou publicamente a morte da ex-presidente Dilma Rousseff em decorrência de câncer ou infarto. Vale lembrar que a ex-presidente enfrentou e venceu um Linfoma não Hodgkin, tipo agressivo de câncer.
Em 2021, já como presidente, vetou integralmente o PL 6.330/19, aprovado pelo Congresso, que obrigava planos de saúde a cobrir medicamentos orais e tratamentos domiciliares contra o câncer – incluindo prazo de 48 horas para entrega de remédios após prescrição médica.
Na justificativa do veto, alegou que a proposta traria “insegurança jurídica” aos planos de saúde, podendo “comprometer a sustentabilidade do setor”. Seu veto foi mantido pelo Congresso bolsonarista, impedindo a ampliação da cobertura de quimioterapia oral.
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No mesmo ano, sancionou a Lei 14.238 (Estatuto da Pessoa com Câncer), mas vetou o artigo que garantia acesso a “medicamentos mais efetivos” pelo Estado.
O diagnóstico de Bolsonaro com a mesma doença que ele minimizou em políticas públicas e usou como instrumento de agressão política no passado pode ser karma e justiça poética para alguns, mas é só para lembrar o quanto o extremista de direita não tem e nunca teve empatia pelo povo.
Claro, milionário, ele tem acesso a todos os tratamentos que negou pessoas vulneráveis a ter. Não há justiça e nem poesia nisso.
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