A defesa de Jair Bolsonaro corre contra o tempo para apresentar suas alegações finais antes do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente pela tentativa de golpe de estado após a derrota nas eleições de 2022. O prazo estabelecido pelo ministro e relator do caso, Alexandre de Moraes, termina nesta quarta-feira (13).
43 anos de prisão
As alegações representam a última manifestação dos réus antes do julgamento que pode condenar Bolsonaro a 43 anos de prisão. Após a entrega, Moraes deve liberar para o julgamento da ação referente ao núcleo 1 da denúncia apresentada contra o ex-presidente e seus aliados. Daí é só o presidente da Primeira Turma da Corte, ministro Cristiano Zanin marcar data do julgamento, previsto para setembro.
Quais os crimes?
Os réus respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
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Quem são os réus?
O núcleo 1 tem cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que também podem ser beneficiados pela restrição. Além de Bolsonaro, integram esse grupo Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier (almirante), ex-comandante da Marinha; Anderson Torres (delegado da PF), ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno (general), ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto (general), ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022, e Mauro Cid (tenente-coronel), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – que fez delação e não ficará preso.
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