A condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pela trama golpista, decidida na quinta-feira (11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é apenas o começo do “inferno astral” que o ex-presidente enfrentará no seu encontro com a Justiça. A situação de Bolsonaro pode se agravar ainda mais dependendo do resultado de outro processo no qual ele e seu filho Eduardo foram indiciados no último dia 20.
O ex-presidente e Eduardo são investigados por suas atuações junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo. Uma série de medidas cautelares foram determinadas no inquérito que investiga o deputado.
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Nesse processo, o ex-presidente é investigado por enviar recursos, via Pix, para bancar a estadia do filho no exterior. Em março, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob alegação de perseguição política. Em agosto, a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e o filho pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
No caso de condenação pelos dois crimes, o ex-presidente pode ter uma nova sentença com penas que vão de cinco a doze anos de prisão. A pena para o crime de coação no curso do processo está prevista no Artigo 344 do Código Penal e vai de 1 a 4 anos. Já a abolição do Estado Democrático de Direito tem penas que vão de 4 a 8 anos de reclusão.
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