A mais recente conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump e os novos elogios do estadunidense ao mandatário brasileiro caíram como uma “bomba” nas hostess bolsonaristas. O clima de desânimo se intensificou ainda mais depois da informação de que Trump deve revogar a inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, na Lei Magnitsky.
A lei foi imposta em julho, no auge das sanções articuladas por Eduardo Bolsonaro contra o Brasil na tentativa de intimidar a Justiça a não condenar seu pai, Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de estado.
Agora, com Bolsonaro definitivamente preso, a revogação da Magnitsky, a sensação corrente entre os bolsonaristas é que a articulação com os EUA fracassou sem que houvesse qualquer efeito sobre a situação jurídica de seu mito.
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“O clima nos grupos de direita é o pior possível: muitos questionando se fomos abandonados por Donald Trump”, escreveu esta semana um dos articulistas de extrema direita brasileiros foragidos do país vivendo nos EUA.
“Rumores atestam que até a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes pode cair! Seria uma desmoralização total do instrumento, e uma vitória e tanto do consórcio PT-STF. Moraes ficaria na mão de Lula, grato pelo ‘favor’. E a direita brasileira totalmente desamparada”, acrescentou o mesmo escriba de aluguel do bolsonarismo.
Em outro dos “veículos” de doutrinação extremista, um dos pseudos jornalistas cultivados por esse campo político também jogou a toalha. “Durante alguns dias, semanas, acreditamos que o Trump nos salvaria. Eu acho que seria uma boa ajuda aplicar a punição aos verdadeiros ditadores aqui, porque isso ajuda na nossa briga. Mas se a lei aplicada aos ministros que controlam a ditadura do judiciário for revogada, seria bom que ela continuasse. Se ela for revogada, é claro que isso significa uma derrota para os democratas que confiaram na solidariedade do governo americano. Então, temos de levar isso em conta e aceitar a verdade”, admitiu.
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