Desde 2022, o BNDES vem desempenhando um papel decisivo no avanço do programa de aeronaves elétricas da Embraer. Com mais de R$ 1 bilhão já investidos na Eve Air Mobility, subsidiária dedicada à mobilidade aérea urbana sustentável, o primeiro grande aporte ocorreu em outubro de 2024, quando R$ 500 milhões foram destinados à construção da fábrica de eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical) em Taubaté (SP).
Outros financiamentos vieram em dezembro de 2024 e agosto de 2025, quando o banco passou a deter 4,4% das ações da empresa por meio da BNDESPar. Os recursos fazem parte de uma política de incentivo à inovação e à reindustrialização verde, voltada para setores de alta tecnologia.
O objetivo agora é acelerar a produção dos chamados “carros voadores” — aeronaves 100% elétricas capazes de transportar até seis passageiros, com certificação prevista para 2026 ou 2027. Voltada ao transporte urbano de curta distância, a Eve já contabiliza quase 3.000 pré-encomendas em nove países, incluindo contratos com United Airlines e Azul.
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A iniciativa combina sustentabilidade, geração de empregos e transferência de tecnologia, impulsionando o Vale do Paraíba como novo polo aeroespacial brasileiro. Além de fortalecer a indústria nacional, o projeto faz parte do alinhamento do país às metas globais de descarbonização.
Embora o eVTOL ainda enfrente desafios de custo e infraestrutura, a parceria entre Embraer, Nidec, Boeing e WEG sinaliza uma nova era para a aviação elétrica brasileira — e consolida o BNDES como indutor estratégico da economia de alta complexidade.
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