O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) registrou em julho nova queda no valor médio do aluguel. O decréscimo de 0,77% levou o acumulado do ano a um dos menores níveis da última década.
Nos últimos anos, especialmente no período da pandemia, a inflação registrada nos aluguéis foi bem maior do que a média geral. O acumulado de 84,5% é significativamente superior à média geral de 73,6%, e contribuiu de forma determinante para esse resultado.
O bom cenário tem influência de mudanças tributárias, que afetam a rentabilidade dos imóveis para locação, mas são reflexo, principalmente, da desaceleração de preços em setores-chave da economia.
Dois fatores determinantes para o IGP-M são o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor), que juntos correspondem à maior parte da composição da média. Neles estão contabilizadas as variações de diversos setores que impactam diretamente o cotidiano do brasileiro – de commodities como café e milho em grão a serviços de energia elétrica e de transporte aéreo, por exemplo.
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Estes são sinais de uma direção clara na política monetária, acompanhada de ajustes fiscais e controle regulatório – o que representa alguns dos limites de atuação e influência do governo.
Por um outro lado, é notório que existem áreas em que a inflação ao consumidor permanece ainda em níveis elevados, escancarando um ambiente complexo com pressões externas e internas divergentes em todos os setores da economia.
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