Nos últimos anos, o Brasil não só tem conquistado o mundo com produções como Ainda Estou Aqui (indicado ao Oscar) e O Agente Secreto (premiado em Cannes), mas também revelado a força econômica por trás da sua indústria criativa. De acordo com um levantamento da Oxford Economics, o setor audiovisual movimentou R$ 70,2 bilhões no PIB nacional em 2024 e foi responsável por 608 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
Os números posicionam o audiovisual entre os setores mais estratégicos e dinâmicos do país, com crescimento consistente e capacidade de gerar empregos qualificados. Apenas as atividades diretamente ligadas à produção e distribuição de conteúdo somaram R$ 31,6 bilhões em receitas — com uma média salional de R$ 6,8 mil, valor significativamente acima da média nacional.
Efeito multiplicador: cada R$ 10 milhões no audiovisual injetam R$ 12 milhões em outras áreas
O relatório destaca o poderoso efeito multiplicador do setor: a cada R$ 10 milhões gerados pelo audiovisual, outros R$ 12 milhões beneficiam cadeias relacionadas, como tecnologia, transporte, alimentação, hospedagem e turismo.
Entre os subsetores que mais se destacaram em 2024 estão:
- TV por assinatura: Líder em faturamento (R$ 34,9 bi) e empregos (307 mil)
- Vídeo sob demanda (streaming): R$ 16,8 bi e 117 mil vagas
- TV aberta: R$ 7,5 bi e quase 55 mil postos de trabalho
Audiovisual já emprega mais que automotiva e equivale à indústria farmacêutica
Em termos de geração de empregos, o setor audiovisual superou a indústria automotiva e se equiparou ao segmento farmacêutico, refletindo sua capilaridade e relevância no mercado de trabalho.
Com expressivo desempenho financeiro e reconhecimento internacional, o audiovisual brasileiro consolida-se como um eixo estratégico — unindo cultura, inovação e desenvolvimento econômico de forma sustentável e plural.
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