O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) teve pedido de prisão preventiva protocolado pela Advocacia do Senado Federal. O pedido é fruto de uma ação movida pelo Ministério Público Eleitoral por violência política de gênero contra a ex-senadora e atual prefeita de Crateús, Janaína Farias (PT).
Perseguida por Ciro há anos, Janaína Farias ganhou, recentemente, R$ 52 mil em uma ação contra o político, que alegava que ela aliciava mulheres para fazerem “serviço sexual” durante o período em que foi assessora de Camilo Santana (PT). Além disso, Ciro chamou a prefeita de Crateús de “cortesã”, “assessora para assuntos de cama” e “organizadora de farras”.
- Versões conflitantes no STF revelam guerra de sobrevivência entre réus
- Plano de anistia de bolsonaristas libera crime organizado e milícias
- O presidente CCJ do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), nega ´pautar “anistia ampla, geral e irrestrita”
Agora, a defesa da prefeita acusa Ciro de repetir os mesmos ataques publicamente e destaca que existem “elementos concretos a evidenciar que o réu ainda continua a praticar delitos contra a vítima”, citando postagens em redes sociais. O pedido de prisão preventiva ainda aguarda análise do juiz da 115ª Zona Eleitoral.
Reconhecendo a gravidade dos fatos, a Advocacia do Senado solicita que caso a prisão preventiva não seja decretada, outras medidas sejam estabelecidas para a segurança da vítima, como a proibição de manter contato com a prefeita, de se aproximar a menos de 500 metros e de ofender a honra dela.
Bookmarkdestaca o documento do Senado.
A acumulação de infrações penais, somada à persistência do réu em atacar a vítima após o recebimento da denúncia e a citação nos autos, evidencia o periculum libertatis, justificando a custódia cautelar para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, evitando que o réu utilize sua influência para perpetuar ofensas que afetam a honra da assistente