O Departamento do Tesouro do governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (12), a retirada do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e de sua esposa, a advogada Viviani Barci de Moraes, da lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnistky.
A decisão representa uma nova derrota para a família Bolsonaro, que havia articulado a punição de Moraes e sua mulher na tentativa de intimidar o STF no julgamento que condenou o ex-presidente por liderar um golpe de estado.
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As sanções haviam sido aplicadas em 30 de julho, após uma articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos em fevereiro em busca de ações do governo Trump contra o Brasil para tentar livrar o pai da cadeia.
Em novembro, o governo dos EUA já havia acabado com o tarifaço contra as exportações brasileiras de café, carne, cacau e frutas, entre outros produtos, após uma série de encontros entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a decisão desta sexta, ficam suspensas as restrições financeiras e territoriais ao ministro ligadas à Magnitsky, que o impediam de transitar ou possuir propriedades em território norte-americano ou fazer negócios em dólar ou com entidades dos Estados Unidos, incluindo cartões de crédito de bandeiras estadunidenses, entre outras medidas de caráter financeiro.
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