O vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), conhecido como Cássio Fala Pira, é alvo de um inquérito policial por posse de imagens de abuso sexual infantil na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo.
O parlamentar está preso desde 9 de outubro após ser denunciado por seis mulheres por crimes sexuais, incluindo importunação sexual e estupro, supostamente ocorridos entre 2015 e 2018.
A Delegacia Seccional de Piracicaba investiga o caso desde 2022, mas o vereador ainda não teria sido ouvido sobre as acusações. O celular do vereador foi apreendido para perícia.
A defesa alega que as imagens de abuso infantil foram encaminhadas ao parlamentar “no formato de denúncia contra outra pessoa”
Versão da defesa
O advogado José Osmir Bertazzoni afirmou ao Metrópoles que Cássio teria ido à Câmara Municipal para relatar o recebimento do material e anunciar que faria uma denúncia formal. Essa atitude, segundo o defensor, culminou na busca e apreensão do celular.
“O senhor Cássio é inocente e está sendo objeto de perseguição por motivos políticos. Ao final será comprovada a inocência dele”, declarou Bertazzoni, acrescentando que o “mal entendido” já teria sido esclarecido no inquérito, sob sigilo, sem “nenhuma consequência judicial”.
Dois dias após a prisão, o vereador foi afastado do cargo pela presidência da Câmara Municipal, com interrupção do salário. Cássio ingressou com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) pedindo a volta do pagamento, inclusive com correção monetária dos valores retidos desde a suspensão.
O afastamento foi determinado pelo presidente da Casa, vereador Rerlison Rezende (PSDB), e não por decisão judicial. A medida reflete a gravidade das acusações, que incluem tanto os crimes sexuais denunciados pelas seis mulheres quanto a investigação sobre material de abuso infantil.
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