Novos e-mails de Jeffrey Epstein, divulgados por parlamentares norte-americanos nesta quarta-feira (12), reacenderam o debate sobre a ligação do presidente Donald Trump com o financista acusado de exploração sexual e tráfico de menores. Nas mensagens, obtidas pelo The New York Times, Epstein afirma que Trump “sabia sobre as meninas” envolvidas no esquema e que chegou a passar “horas” em sua casa com uma das vítimas.
Os documentos fazem parte de milhares de arquivos analisados pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos, que investiga possíveis omissões e favorecimentos em torno do caso. As trocas de mensagens ocorreram entre 2011 e 2019 e incluem conversas de Epstein com a socialite Ghislaine Maxwell, condenada por auxiliar nos crimes, e com o escritor Michael Wolff.
Em um dos e-mails, Epstein menciona que “o cachorro que não latiu é Trump”, em referência à ausência de questionamentos sobre o ex-presidente durante as investigações. Já em outro trecho, o financista diz que Trump o afastou de seu clube, mas “sabia das meninas” e teria pedido para Maxwell interromper o esquema.
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Epstein foi preso em 2019 acusado de comandar uma rede internacional de exploração sexual de menores e morreu pouco depois, enquanto aguardava julgamento em Nova York. O republicano, por sua vez, nega qualquer envolvimento com o caso.
As novas revelações colocam novamente sob os holofotes a complexa relação entre Trump e o milionário, que durante anos circulou entre políticos, empresários e celebridades.
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