No final de 2024, quando o governo Lula anunciou, de um lado, um pacote de corte de gastos, e do outro, a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, a Faria Lima “surtou”. O dólar chegou à cotação recorde de R$ 6,7327 em relação ao Real. As bolsas de valores despencaram, com o índice Bovespa acumulando perdas de 10,36% no ano.
Corta para a última quarta-feira (05). O Senado aprovou a proposta do governo de isenção do IR até R$ 5 mil por unanimidade, o que já havia acontecido na Câmara Federal, em 1º de outubro.
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Um dia depois, na quinta-feira (06), a reação do mercado financeiro foi: o índice Ibovespa renovou suas máximas, alcançando 154.352 pontos no início do pregão. Depois, reduziu o ritmo e por volta das 15h50, o principal índice da bolsa subia 0,16%, aos 153.540 pontos, caminhando para o nono fechamento consecutivo de recorde.
No mesmo horário, o dólar operava em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,3499.
Ideologia e preconceito
Em 4 de dezembro 2024, a Quaest divulgou uma pesquisa de intenção de voto para presidente da república entre os operadores do mercado financeiro. O levantamento revelou que para a Faria Lima, qualquer candidato seria melhor do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No primeiro cenário, entre Lula e Bolsonaro, o petista aparecia com 12% da preferência, contra 80% de Jair Bolsonaro. Quando o adversário era Tarcísio de Freitas (Repub-SP), o governador de São Paulo bateria Lula por 93% a 5%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) teria 91% da preferência do eleitorado “faria limer”contra 7% de Lula. Até o “coach” Pablo Marçal teria ampla vantagem em relação ao petista. Segundo a Quaest, 65% dos operadores do mercado preferiam votar em Marçal contra apenas 17% em Lula.
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