A mais nova bandeira da extrema-direita brasileira após a operação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos é equiparar o narcotráfico ao terrorismo. Além de ineficaz, a medida abre caminho para que o governo Donald Trump intervenha no país, sob a alegação de que o Estado brasileiro permite que terroristas atuem em seu território.
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Trump já está usando esse pretexto para interferir em países da América Latina e Central. Logo no primeiro dia de mandato, o presidente estadunidense assinou a Ordem Executiva 14157, classificando cartéis de drogas como organizações terroristas globais, o que abriu a possibilidade de atuação das forças armadas dos Estados Unidos diretamente contra essas organizações
Em fevereiro, os EUA determinaram que oito organizações narcotraficantes passassem a ser consideradas terroristas, principalmente no México e na Venezuela. Em maio, uma comitiva do governo Trump questionou o governo brasileiro sobre a classificação das facções que atuam no país, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), como terroristas.
Também em maio, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto de lei (PL) 1.283/2025, que equipara as facções ao terrorismo. Governadores de extrema-direita, entre eles o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), abraçaram a tese sob a alegação de que isso permitiria o endurecimento do combate ao narcotráfico no país.
O mesmo Tarcísio publicou em suas redes sociais, no dia 11 de julho, duas fotos usando um boné vermelho com a frase “Make America Great Again”, slogan de Trump.
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