O cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do movimento Clube da Esquina, morreu neste domingo (02), aos 73 anos, em Belo Horizonte. Ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 17 de outubro, para tratar uma intoxicação por medicamentos, condição que exigiu o uso de ventilação mecânica.
A notícia de sua morte repercutiu profundamente nas redes sociais, onde artistas, personalidades e admiradores manifestaram seu luto e prestaram homenagens ao legado do músico.
Milton Nascimento, seu parceiro mais icônico, afirmou que Lô “foi – e sempre será – uma das pessoas mais importantes” em sua vida e obra. “Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina”, escreveu. Bituca destacou ainda que o Brasil perde “um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos”.
Samuel Rosa, do Skank, que foi parceiro musical de Lô, se declarou “devastado”. Rosa lembrou que, além dos mais de 30 anos com sua banda, Lô foi seu maior colaborador. “Trata-se daqueles casos clássicos em que um fã acaba tendo a sorte de dividir o palco com seu ídolo”, afirmou, classificando o álbum “Clube da Esquina” como “considerado por muitos, o melhor disco já produzido em terras brasileiras”.
A influência de Lô Borges também foi destacada por Nando Reis em entrevista à GloboNews. Ele contou que o Clube da Esquina é um “pilar” de sua formação e que só percebeu a força dessa influência quando se profissionalizou. “Mal sabia eu que um dia viria a ser parceiro do Lô Borges, numa única canção, que é a ‘Dois Rios’, belíssima”, revelou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também emitiu uma nota de pesar, lembrando que as canções de Lô “ultrapassaram as fronteiras de Minas Gerais e estão gravadas não apenas em álbuns, mas na memória e no coração de milhões de brasileiros”. Lula afirmou que a MPB não seria a mesma sem o artista e finalizou: “O Brasil agradece a Lô Borges”.
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