O governo de Israel determinou nesta terça-feira (28) o retorno imediato dos ataques à Faixa de Gaza, rompendo o cessar-fogo que estava em vigor há duas semanas. A decisão partiu do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que ordenou “bombardeios poderosos” contra o território palestino, após acusar o Hamas de ter desrespeitado o acordo.
Segundo um comandante israelense ouvido pela agência Reuters, militantes do grupo teriam atacado tropas de Israel posicionadas em Gaza. O Hamas nega a acusação e afirma que foram as forças israelenses que quebraram a trégua. Em resposta, o grupo anunciou que suspenderá a entrega do corpo de um refém morto em cativeiro — uma das cláusulas previstas no pacto mediado pelos Estados Unidos.
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O cessar-fogo, firmado em 10 de outubro, previa a interrupção dos bombardeios israelenses e a devolução dos corpos de 28 reféns, além da libertação de outros 20 que estavam vivos. O acordo havia sido saudado como um dos poucos avanços diplomáticos desde o início da guerra, em 2023.
Esta é a segunda vez que o cessar-fogo é rompido. No dia 19 de outubro, Israel também atacou o sul de Gaza após alegar uma violação semelhante. Desde o início do conflito, deflagrado pela invasão do Hamas em 7 de outubro de 2023, mais de 1,2 mil pessoas morreram em Israel e cerca de 65 mil em Gaza, segundo números do governo local controlado pelo grupo palestino.
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