Morreu na última segunda-feira (27), no Rio de Janeiro (RJ), aos 79 anos, o advogado Sergio Bermudes em decorrência de sepse respiratória, após um prolongado período de internação. Ele enfrentava complicações decorrentes da covid-19.
Um dos nomes mais influentes da advocacia brasileira, Bermudes desenvolveu uma carreira em defesa de causas como a democracia e os direitos humanos.
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Entre os casos mais conhecidos em que ele trabalhou está o processo movido por Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, que levou o Judiciário a reconhecer, pela primeira vez, que o profissional foi assassinado sob custódia militar – um marco na história da Justiça brasileira.
Herzog foi preso em 24 de outubro de 1975, quando se apresentou espontaneamente ao DOI-CODI para prestar depoimento. Ele morreu no dia seguinte, após ser torturado. Na época, os militares alegaram que ele teria se suicidado.
Em 24 de setembro de 2012, o registro de óbito do jornalista foi retificado, passando a constar que a “morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército – SP (Doi-Codi)”, conforme havia sido revelado pela Comissão Nacional da Verdade.
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