Em uma escalada de operações militares que têm gerado tensões diplomáticas, a Marinha dos Estados Unidos afundou sua nona embarcação desde setembro em águas internacionais – desta vez no Oceano Pacífico, após uma série de ações semelhantes no Caribe.
A justificativa apresentada pelo secretário de Defesa Pete Hegseth foi de que a lancha pertencia a traficantes de drogas que supostamente a utilizavam para transportar entorpecentes para território americano. Nenhuma evidência foi apresentada, como de costume.
De acordo com o comunicado oficial, dois supostos traficantes morreram no bombardeio mais recente, elevando para cinco o número de mortos em menos de 48 horas. Hegseth chegou a comparar essas operações contra cartéis latino-americanos à guerra travada contra a Al-Qaeda após os ataques de 11 de setembro de 2001.
A ausência de evidências públicas que comprovem o vínculo das embarcações com o tráfico tem sido um ponto central das críticas. Governos da Colômbia e da Venezuela acusam Washington de violar a soberania nacional e o direito internacional, enquanto analistas da ONU alertam que as ações podem configurar execuções extrajudiciais.
A estratégia estadunidense de destruir embarcações em águas internacionais sem apresentar provas concretas aos países afetados ou à comunidade internacional tem levantado questões sobre a legalidade dessas operações e seus desdobramentos para a segurança regional.
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