A Polícia Civil tenta esclarecer a origem das ossadas descobertas no último sábado (18) dentro de um apartamento no Jardim Paulista, área nobre da capital paulista. O caso veio à tona após familiares de um homem de 79 anos — dono do imóvel e encontrado morto no local dias antes — iniciarem a limpeza do apartamento. Durante a arrumação, se depararam com caixas e sacolas contendo restos humanos e acionaram a Polícia Militar.
Ao todo, foram recolhidos 22 crânios e diversos fragmentos de ossos, inclusive alguns de origem não humana, segundo o Instituto Médico Legal. Junto das ossadas, havia fotos antigas, ferramentas e objetos variados. A principal hipótese da investigação é de que os restos mortais tenham sido retirados ilegalmente de cemitérios da capital.
De acordo com a polícia, o idoso vivia sozinho e sofria de distúrbios psiquiátricos. Não havia sinais de violência em seu corpo, e a causa da morte ainda não foi divulgada. Vizinhos relataram que ele era uma figura conhecida na região, sempre visto caminhando pelas redondezas e frequentando bares próximos.
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O material recolhido foi encaminhado ao Instituto de Criminalística e ao Núcleo de Antropologia Forense, que agora tentam identificar a origem das ossadas e confirmar se elas foram mesmo furtadas de sepulturas.
O caso foi registrado no 78º Distrito Policial (Jardins) como encontro de cadáver e ocultação ou subtração de restos mortais. A investigação segue em andamento, e os resultados dos laudos periciais devem indicar se o idoso agia sozinho ou se havia outras pessoas envolvidas.
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