O governo federal instituiu na segunda-feira (06) o Comitê de Enfrentamento da Crise do Metanol, em reação ao surto de intoxicações por bebidas adulteradas. A coordenação é do Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas o grupo envolve ainda as pastas da Saúde, Agricultura e Indústria, além da Anvisa, Receita Federal, forças policiais e representantes do setor de bebidas.
O objetivo central é acelerar a retirada de produtos contaminados, punir fraudadores e resguardar empresas regulares em meio a uma crise já classificada como emergência nacional. Até esta sexta-feira (08), o Ministério da Saúde registrava 217 casos suspeitos, com 29 confirmações laboratoriais em todo o país e cinco mortes confirmadas no estado de São Paulo. Os casos também se espalharam para Paraná e Rio Grande do Sul.
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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a abertura de uma CPI para investigar adulterações, enquanto estados como Rio Grande do Sul e municípios como Recife criaram comitês próprios de monitoramento e fiscalização.
Na economia, os efeitos imediatos começaram a aparecer. Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), bares e distribuidores relatam queda de até 20% nas vendas de destilados. Grandes fabricantes interromperam linhas para reforçar controles, e o setor projeta prejuízos acima de R$500 milhões até o fim do ano.
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