O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (07) a abertura de processo disciplinar contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), que participaram do motim no plenário da Casa, no início de agosto, para tentar forçar votação de uma anistia para Jair Bolsonaro e demais envolvidos na trama golpista.
Os processos foram apresentados pela Mesa Diretora da Câmara e receberam parecer favorável do corregedor da casa, deputado Diego Coronel (PSD-BA), que recomendou a suspensão do deputado Pollon por 90 dias. Já Marcel Van Hattem e Zé Trovão devem receber uma punição de 30 dias. Todos são acusados de obstrução da cadeira da Presidência durante a ocupação.
Foram sorteados para relatar o processo os deputados Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Catedral (PSD-RR). Caberá ao presidente do Conselho, Fábio Schiochet (União-SC), escolher o relator.
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Ofensas a Motta
Pollon responderá ainda outro processo por ofensas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Repub-PB). No início de agosto, durante uma manifestação de bolsonaristas no Mato Grosso do Sul, o deputado chamou Motta de “bosta” e “baixinho de um metro e 60”.
O corregedor também concordou com a aplicação de censura escrita para 14 parlamentares da oposição que participaram do motim: Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Zucco (PL-RS), além de Pollon, Van Hattem e Zé Trovão.
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