A morte de um jovem durante uma operação policial reacendeu o debate sobre a violência nas ações de segurança no bairro Parolin, em Curitiba. Yago, de 18 anos, morreu na manhã desta terça-feira (7) durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão conduzido pelas polícias Civil e Militar.
Segundo a versão oficial, ele estaria armado com uma pistola de uso restrito e teria atirado contra os agentes, que reagiram. A Polícia Civil afirma que Yago era um dos líderes de uma facção criminosa da região. Familiares e moradores, porém, contestam essa narrativa. Eles dizem que o jovem dormia em casa quando policiais invadiram a residência, o agrediram e o arrastaram até um barracão de materiais recicláveis, onde foi executado.
Um vídeo gravado por um celular mostra Yago ferido, vestindo apenas uma bermuda e coberto de sangue, pedindo por socorro. As imagens contradizem a versão de confronto apresentada pela polícia.
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A operação faz parte de uma investigação sobre os disparos que atingiram o prédio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em maio, durante uma disputa entre facções. O delegado Osmar Dechiche afirma que o trabalho busca retirar armas e drogas das ruas e desarticular grupos criminosos.
Organizações de direitos humanos denunciam que casos como o de Yago vêm se repetindo no Parolin. Em setembro, moradores realizaram uma passeata pedindo o fim da repressão policial, após uma série de mortes em abordagens da PM.
Um ofício recente enviado ao Ministério Público pede intervenção urgente para conter o aumento da letalidade policial na região.
Confira abaixo o forte momento da abordagem:
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