Hospitais em Gaza estão à beira do colapso em meio à ofensiva israelense. Segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas 19 dos 36 centros hospitalares da Faixa permanecem minimamente operacionais, a maioria em condições precárias, sem anestésicos, combustível e alimentos.
O Al-Shifa, na Cidade de Gaza e maior hospital do território, opera a quase 300% da capacidade, enquanto o Al-Ahli, também na cidade, foi colocado fora de serviço após mais um ataque genocida do Estado de Israel. O colapso generalizado ameaça extinguir o sistema de saúde e ampliar ainda mais a tragédia humanitária que já deixou dezenas de milhares de mortos.
Desde outubro de 2023, mais de 1.700 profissionais de saúde foram mortos em Gaza, enquanto hospitais sobrecarregados recebem centenas de feridos por dia em condições insalubres. Em meio a um massacre que pode ter vitimado mais de 400 mil seres-humanos, a OMS e a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) denunciam violações sistemáticas à proteção hospitalar e pedem cessar-fogo imediato.
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A escalada da ofensiva já registra centenas de mortes por desnutrição, em um quadro descrito por líderes internacionais como uma das piores crises humanitárias do século.
Enquanto países como Reino Unido, Austrália e Canadá — aliados históricos dos EUA e, por consequência, de Israel — anunciam o reconhecimento do Estado da Palestina, cresce a pressão por um cessar-fogo imediato e pela abertura de corredores humanitários que permitam a entrada de medicamentos, alimentos e combustível, sob pena de aprofundar um extermínio em curso contra a população civil.
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