O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (25), que ainda não sabe se colocará em votação uma proposta de anistia para Jair Bolsonaro (PL-RJ) e os demais condenados pela trama golpista.
Após a derrubada pelo Senado da “PEC da Bandidagem” que exigia autorização prévia do Legislativo para a abertura de processos judiciais contra deputados e senadores, Motta afirma que a decisão vai depender das conversas que o relator da proposta de anistia, deputado Paulinho da Força (SD-SP), está tendo com os líderes das bancadas.
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A “PEC da Bandidagem” foi derrubada após manifestações populares tomarem as capitais do Brasil no último domingo. Os protestos também tiveram como alvo a anistia para os golpistas.
PEC foi derrubada após pressão popular
“Não tenho uma temperatura de como está a conversa do relator com as bancadas, preciso de um pouco mais de tempo para entender o sentimento da Casa e decidir se pauto ou não o projeto”, disse Motta.
Desgaste
Questionado se teme que a Câmara passe novamente pelo desgaste de aprovar uma proposta impopular como o texto da anistia, com o risco de ser rejeitado pelo Senado, tal como a “PEC da Bandidagem”, Motta afirmou que cada Casa tem sua independência e seu protagonismo.
“Vamos construindo o diálogo que for necessário para que as Casas interajam no interesse da população”, afirmou. Motta disse que ainda não conversou sobre o tema da anistia com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e negou que haja algum sentimento de traição pelo fato de os senadores terem rejeitado a PEC das Prerrogativas.
“O Senado estava atento às movimentações da Câmara. A Câmara cumpriu seu papel, e o Senado entendeu que não devia seguir”, alegou.
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