A pesquisa Pulso Brasil/Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (25), mostrou um descolamento claro na percepção sobre o Congresso Nacional. A desaprovação da Câmara chegou a 70% em setembro, sete pontos a mais que em julho, enquanto o Senado apresentou leve oscilação positiva — embora siga com rejeição majoritária. O levantamento expõe o desgaste do Legislativo, em contraste com a melhora recente registrada pelo Executivo e pelo STF.
A avaliação sobre os deputados recuou para apenas 18%, reforçando a sensação de distanciamento entre parlamentares e sociedade após embates recentes em torno da PEC da Bandidagem e do projeto de anistia. No Senado, a desaprovação caiu de 61% para 59%, e a aprovação subiu um ponto, alcançando 26%. O relatório do Ipespe destaca que, “sem agenda que o colocasse sob foco, a imagem do Senado” acabou preservada.
- Após manifestações, Senado enterra de vez a “PEC da Bandidagem”
- Aprovação ao governo Lula sobe sete pontos percentuais em dois meses
- Dívida de Minas Gerais aumenta mais de 60% no governo Zema
Nos recortes de classe, a rejeição ao Congresso aparece alta em todos os estratos, mas com diferenças perceptíveis. Na Câmara, 64% dos mais pobres desaprovam, contra 74% da classe média e 78% dos ricos. No Senado, os índices variam de 57% entre os mais pobres a 60% na classe média e 75% entre os de maior renda.
O Pulso Brasil/Ipespe ouviu 2.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de setembro, em entrevistas presenciais e online, representando a população brasileira com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%
Bookmark