Enquanto publicamente celebram o anúncio de um possível encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato republicano Donald Trump, figuras próximas ao bolsonarismo trabalham nos bastidores para inviabilizar o diálogo. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, e o lobista Paulo Figueiredo Jr. mantêm desde fevereiro uma articulação junto ao governo estadunidense com o objetivo explícito de isolar diplomaticamente o chefe do Executivo brasileiro.
A estratégia foi revelada por fontes bolsonaristas ao jornalista Túlio Amâncio, que preferiram o anonimato para evitar conflitos com o círculo interno de Eduardo. Apesar de elogiar nas redes sociais a menção de Trump a Lula durante discurso na Assembleia Geral da ONU – classificando-a como uma “jogada de mestre” para supostamente emboscar o presidente brasileiro –, a dupla acionou diretamente o conselheiro sênior do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita.
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Pita, considerado o principal ponto de contato da dupla dentro da administração americana, tem a função de transmitir as avaliações de Eduardo e Figueiredo ao Secretário de Estado Marco Rubio, que por sua vez as apresenta a Trump. O objetivo imediato é convencer o lado trumpista a cancelar o encontro presencial, substituindo-o por um contato telefônico – opção que, coincidentemente, é a preferida pelo Palácio do Planalto.
Caso bem-sucedidos, Eduardo e Figueiredo planejam divulgar nas redes a narrativa de que foi Lula quem “recuou” ou “não teve coragem” de dialogar com Trump, buscando capitalizar politicamente o episódio. O movimento revela o lunatismo antipatriota de Eduardo Bolsonaro e Figueiredo
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