Enquanto os preços do café disparam nos Estados Unidos após a entrada em vigor do “tarifaço” de 50% imposto por Donald Trump, um grupo bipartidário de deputados mobiliza-se para retirar o produto da lista de sobretaxas. O projeto foi apresentado na última sexta-feira pelos deputados Ro Khanna, democrata da Califórnia, e Don Bacon, republicano de Nebraska, e agora tramita na comissão de Tributação da Câmara dos Deputados, uma das mais influentes da Casa.
A medida busca aliviar as distorções no mercado global da commodity, especialmente sensível à relação entre Brasil, maior exportador mundial, e EUA, maior importador. Em anos normais, os preços tendem a recuar em agosto e setembro, com o aumento da oferta proveniente da colheita brasileira. No entanto, neste ano, os contratos futuros negociados em Nova York já acumulam alta de 20% no período, refletindo o impacto da tarifa.
Taxar um produto que não podemos produzir em larga escala comercial só piora a situação. Os eleitores americanos apoiaram o presidente Trump na questão de fronteiras e da economia, mas não acredito que tenham concordado com essas tarifas
criticou o deputado Bacon, em entrevista sobre a medida.
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Considerado um centrista, Bacon elegeu-se ao Congresso após carreira como brigadeiro da Força Aérea. Seu estado, Nebraska, tem economia voltada ao agronegócio e vota majoritariamente nos republicanos nas eleições presidenciais desde 1968.
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