O debate sobre a PEC da Blindagem tem gerado forte reação nas redes sociais. Um levantamento do instituto Quaest, realizado entre 16 e 19 de setembro, analisou 2,3 milhões de menções sobre o tema e revelou que 83% delas são críticas à proposta. Atingindo uma média de 44 milhões de perfis por hora, o projeto tem mobilizado grande atenção digital, embora o volume por hora (24 mil menções) seja menor que o registrado durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
O pico de discussões aconteceu por volta das 19h do dia 16 de setembro, com o foco das críticas concentrado principalmente no presidente da Câmara, Hugo Motta, e na própria Casa legislativa, que juntos respondem por quase metade dos comentários. Entre os pontos mais comentados, surgem hashtags como #CONGRESSO INIMIGO DO POVO, publicações da deputada Erika Hilton e vídeos satíricos gerados por inteligência artificial, que fazem alusão a figuras políticas como Hugo Motta e Tarcísio de Freitas.
Além disso, 40% das menções se relacionam aos protestos que foram realizados no domingo (21), incluindo mobilização de artistas e outras personalidades, e 15% conectam a PEC a temas como anistia e julgamentos envolvendo Bolsonaro.
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Por outro lado, apenas 17% das publicações apresentam defesa da PEC, principalmente vindas de parlamentares e apoiadores de Bolsonaro. Os argumentos mais frequentes criticam o STF, apontando supostos excessos da Corte e decisões contrárias à Operação Lava Jato que beneficiariam a esquerda, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nos grupos de mensagens, a dinâmica é diferente: canais de esquerda apresentam aumento de debates sobre a PEC, chegando a 11% do volume total de mensagens, enquanto grupos de direita registram apenas 2% de menções, priorizando mobilização da militância, apoio a Bolsonaro e críticas ao STF.
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