Ivan Paixão, professor e economista de 40 anos, foi demitido da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU) no último dia 8 de setembro, por ordem direta do presidente da empresa, Reinaldo Iapequino.
O profissional prestava consultoria à estatal por meio da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e, dias antes, havia protestado contra o governador Tarcísio de Freitas, gritando “sem anistia” quando ele chegava à Bolsa de Valores para participar de um leilão de concessão de rodovias.
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Segundo Ivan, alguém ligado à comitiva do governador teria o fotografado, e um dossiê com seu nome foi elaborado logo após o ato. Internamente, colegas apontam que a demissão teve motivação política, o que afronta a Lei nº 9.029/1995, que proíbe práticas discriminatórias ou limitativas no acesso e manutenção da relação de trabalho.
Procurada, a CDHU não apresentou justificativas formais para a dispensa. O governo paulista, por sua vez, afirma que a decisão foi administrativa e sem relação com manifestações políticas. Fontes próximas ao Palácio dos Bandeirantes classificam como “infundadas” as acusações de retaliação e reforçam que a estatal tem autonomia para reorganizar contratos e equipes conforme seus critérios internos.
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