Um estudo recente do Instituto Cato, entidade apartidária dos EUA, analisou dados de cinco décadas (1975–2024) sobre mortes relacionadas a ataques terroristas domésticos e internacionais no país. Os resultados revelam padrões importantes sobre a natureza e a escala da violência política e ideológica nos Estados Unidos.
Terroristas de direita matam mais
- Terrorismo de direita (incluindo supremacia branca, antigoverno, antiaborto e ideologias misóginas) foi responsável por 391 mortes no período.
- Terrorismo de esquerda (incluindo nacionalismo negro, anticapitalismo, ambientalismo radical e antifascismo) causou 65 mortes.
- Se incluídos ataques de inspiração islâmica, o número total salta para cerca de 3,5 mil mortes – sendo que 83% delas ocorreram nos ataques de 11 de setembro de 2001.
- Apesar do impacto psicológico e midiático do terrorismo, ele representa apenas 0,30% de todos os homicídios cometidos nos EUA desde 1975 (cerca de 3 mil em 1 milhão de mortes).
Mortes em ataques terroristas
- O ano de 2025 registrou 24 mortes em ataques terroristas – dado que chama a atenção por coincidir com o retorno de Donald Trump à Presidência, ainda que o estudo não estabeleça relação causal direta.
- A bomba de Oklahoma (1995), um atentado de extrema direita, responde sozinha por 5% do total de mortes por terrorismo no período.
- O risco de um americano ser morto por um refugiado envolvido em terrorismo é extremamente baixo: 1 em 3,5 bilhões por ano.
- Donald Trump move um processo de difamação contra The New York Times com valor de US$ 15 bilhões
- Israel destruiu mais de 1.500 prédios residenciais na Cidade de Gaza desde agosto
- Nikolas Ferreira é exaltado em grupos neonazistas
Ameaça terrorista real
Este levantamento oferece uma perspectiva baseada em dados sobre a ameaça terrorista real nos EUA, frequentemente superestimada em discursos políticos e na cobertura midiática. A análise sugere que, embora o terrorismo exista como uma grave violação de direitos e uma ferramenta de intimidação política, sua letalidade estatística é baixa quando comparada a outras causas de morte no país.
Bookmark