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Institutos de Saúde do Brics defendem ampliação de parcerias

O encontro acontece no Rio de Janeiro e é organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que representa o Brasil. (Foto: Peter Ilicciev/Fiocruz.)

Os institutos nacionais de saúde dos países integrantes do Brics buscam intensificar a cooperação técnica e científica, com o objetivo de enfrentar desafios comuns e fortalecer a preparação para futuras emergências. O encontro acontece no Rio de Janeiro e é organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que representa o Brasil. Na quarta-feira (17), o grupo apresentará uma carta com propostas e compromissos.

“Os institutos nacionais de saúde pública podem fazer contribuições muito importantes, seja na preparação e na resposta às emergências de saúde, seja em emergências por questões relativas a fenômenos naturais, mudança climática ou assuntos epidêmicos. É positivo, para todos, que os países que têm capacidades científicas, produtivas e econômicas – como são os países dos Brics – possam contribuir à produção de inovações que vão dar acesso às populações que precisam, a novos medicamentos, vacinas, kits de diagnóstico”, afirmou o representante da Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, Cristian Morales.

O bloco do Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, destacou a interrupção de financiamentos internacionais de saúde por parte dos Estados Unidos e como isso abre espaço para a união entre os países do Brics.

“Nesse momento, a gente tem um cenário global com o país mais rico do planeta virando as suas costas para o mundo, e, por outro lado, uma comunhão de países que buscam manter a ciência na frente das políticas públicas e elaborar políticas públicas baseadas em evidência científica.”

“É um momento muito oportuno para o Brasil, que está na liderança do Brics, e vê a possibilidade de fazer coisas que vão beneficiar a saúde da população dos nossos países”, acrescentou.

Segundo Mariângela, um dos princípios que orientam a cooperação entre os institutos é a Parceria pela Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas, firmada em julho, durante a última cúpula de chefes de Estado do bloco.

Esse conceito se refere a doenças influenciadas por fatores sociais, econômicos e ambientais, como desigualdade, falta de saneamento e dificuldade de acesso a serviços médicos. Entre os exemplos estão tuberculose, doença de Chagas, malária e hepatites virais.

Outro ponto de destaque é o combate à desigualdade no acesso a insumos, tratamentos e inovações, que costuma prejudicar os países em desenvolvimento.

“A gente quer, de fato, ampliar o acesso à saúde e à capacidade local, inclusive de produção. Isso conversa com a resposta às emergências, isso conversa com a soberania nacional dos diferentes países, especialmente no Sul Global. É fundamental que a gente esteja ligado, articulando, trabalhando juntos para se fortalecer e não viver mais o cenário horrível que nós vivemos durante a pandemia”, ressaltou a vice-presidente de Saúde Global e Relações Internacionais da Fiocruz, Lourdes Oliveira.

*Com informações da Agência Brasil.

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