Em discurso contundente durante a inauguração de uma nova unidade do IDP — universidade da qual é proprietário —, o ministro do STF Gilmar Mendes classificou como “ilegítima” e “inconstitucional” qualquer proposta de anistia a envolvidos na trama golpista de 8 de janeiro de 2023. Ele também criticou abertamente o voto do colega ministro Luiz Fux, no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete integrantes de seu círculo próximo.
Para Gilmar, a condenação do ex-presidente representa “um grande passo” para o país, fortalecendo a democracia brasileira, que, em suas palavras, “emerge mais forte do que nunca” após a decisão do Supremo.
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O ministro direcionou críticas específicas ao voto de Fux, qualificando-o como “prenhe de incoerências”. Ele questionou publicamente a lógica que teria levado o colega a absolver Bolsonaro, mas condenar outras figuras centrais do processo, como Mauro Cid (ex-assessor militar) e o general Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente).
Esta foi a primeira vez que um ministro do STF se manifestou publicamente de forma crítica em relação ao posicionamento de Fux no julgamento, sinalizando divergências profundas no interior da Corte sobre o tratamento jurídico-politico do caso.
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