O policial civil Cyllas Elia Júnior, dono da fintech 2Go Bank, foi preso na quinta-feira em São Paulo, acusado de aplicar golpes financeiros contra moradores do Jardim Pantanal, na zona leste da capital. Ele é investigado por integrar uma organização criminosa que se aproveitava da vulnerabilidade social e financeira das vítimas — oferecendo cestas básicas em troca de documentos, que eram usados para abrir contas bancárias fraudulentas. Essas contas, abertas em nome de pessoas reais sem seu consentimento, serviam posteriormente para movimentar valores em um esquema de lavagem de dinheiro.
Cyllas foi conduzido à Corregedoria da Polícia Civil, onde deve prestar depoimento. Essa não é a primeira vez que o nome dele surge em investigações do tipo: em fevereiro, o policial já havia sido preso durante operações que vinculavam a 2Go Bank a movimentações financeiras milionárias ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e até a organizações terroristas. Na ocasião, ele chegou a ser detido, mas posteriormente foi liberado e retornou às atividades na corporação.
- “Careca do INSS” é preso em operação da PF
- Tragédia em escola de Pernambuco: menina de 10 anos morre após agressão de colegas
- Ex-secretária de Canoas é investigada por abate irregular de cães
A 2Go Bank e Cyllas foram delatados ao Ministério Público por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que, antes de ser assassinado no aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024, afirmou em depoimento que a fintech teria sido criada por líderes do PCC. Entre os nomes citados estava o de Rafael Maeda Pires, conhecido como “Japa”, que foi encontrado morto dentro de um veículo no Tatuapé, zona leste de São Paulo, em maio de 2023.
Bookmark