Considerados “superministros” de Jair Bolsonaro em 2019, Paulo Guedes e Sergio Moro receberam denúncias sobre os roubos contra beneficiários do INSS enquanto estavam à frente das pastas da Economia e Justiça, respectivamente.
Em agosto de 2019, Moro recebeu um ofício da Secretaria de Justiça de paulista informado sobre os descontos irregulares. O documento foi assinado pelo ex-diretor executivo do Procon de São Paulo, Fernando Capez. Na época, o órgão afirmava ter registrado mais de 16 mil atendimentos relacionados a descontos irregulares em aposentadorias.
Além de Moro, o documento de Capez foi direcionado para o secretário Nacional do Consumidor, Luciano Timm, e para o ex-presidente do INSS Renato Vieira. O ex-diretor do Procon demonstrava “preocupação com os descontos abusivos realizados nos benefícios dos aposentados”. Entidades denunciadas por ele em 2019 seguiram atuando até 2024.
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Já Paulo Guedes também foi avisado dos desvios em 2019. O primeiro requerimento pedindo esclarecimentos foi apresentado pelo deputado federal Fábio Schiochet (ex-PSL, atual União), do dia 25 de fevereiro daquele ano, por meio da primeira-secretária da Câmara dos Deputados.
Outro importante membro do Governo Bolsonaro a receber a denúncia dos roubos foi o então secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho (PL), que hoje é senador e faz parte dos membros da CPMI do INSS.
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