O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que investigou a tentativa de golpe de Estado. A pena será cumprida em regime inicialmente fechado, sendo 24 anos e nove meses de reclusão e o restante de detenção. Além da prisão, a condenação traz impacto direto sobre o futuro político do ex-presidente. Pela Lei da Ficha Limpa, ele ficará inelegível por 8 anos após o fim da pena, o que pode estender a restrição até 2062. Bolsonaro já estava impedido de disputar eleições até 2030 em razão de decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A sentença também alcança outros sete ex-integrantes de seu governo, considerados parte do núcleo central da articulação golpista, com penas que variam de 2 a 26 anos de prisão.
- Vamos celebrar, mas sem esquecer que as vítimas da Covid ainda não tiveram justiça
- Aprovação de Lula sobe, mas segue atrás da reprovação, aponta Datafolha
- Disputa pela relatoria da anistia deve definir rumos de Bolsonaro e aliados
No Congresso, aliados pressionam pela aprovação de uma anistia, mas a recente mudança na legislação não alcançaria os crimes pelos quais Bolsonaro foi condenado, já que a proposta exclui delitos ligados a organizações criminosas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, reforçou sua oposição à proposta de anistia e declarou que os delitos em questão não podem ser objeto de perdão.
Do lado da defesa, Bolsonaro alega perseguição política e nega ter liderado um golpe, sustentando que discutiu medidas apenas “dentro das quatro linhas da Constituição”. Seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que o pai segue “de cabeça erguida” e pregando a união da direita para as eleições de 2026.
Bookmark