Antes de se tornar a principal esperança dos advogados dos réus, o ministro Luiz Fux foi rigoroso ao votar nos primeiros julgamentos de acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Em setembro de 2023, o relator do processo, Alexandre de Moraes, opinou pela condenação de Aécio Lúcio Costa Pereira a 17 anos de prisão em regime fechado. Na ocasião, Fux acompanhou integralmente o voto de Moraes. O mesmo aconteceu nos outros três réus condenados em sequência.
Aécio foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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As provas incluíram vídeos feitos pelo próprio réu dentro do Senado, comemorando as invasões e ameaçando o Estado de Direito. Nas imagens, ele vestia uma camiseta com os dizeres “intervenção militar federal”, comemorava a invasão dos prédios e fazia ameaças a autoridades.
No mesmo dia, Thiago de Assis Mathar também foi condenado a 14 anos de prisão. Fux novamente acompanhou integralmente o voto do relator pela condenação do réu por todos os crimes imputados.
O terceiro réu condenado foi Matheus Lima de Carvalho Lázaro, sentenciado a 17 anos de prisão. Mais uma vez, Fux acolheu totalmente o voto de Moraes.
O quarto condenado foi Moacir José dos Santos, igualmente a 17 anos de prisão. Ele foi preso em flagrante dentro do Palácio do Planalto. A exemplo dos demais casos, o ministro Fux concordou plenamente com a sentença defendida pelo relator.
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