O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso rebateu nesta segunda-feira (08), as declarações feitas pelo governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Repub), na véspera, segundo as quais o Brasil viveria uma “ditadura de toga” e uma “tirania” por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) por tentativa de golpe de estado.
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“Não gosto de ser comentarista do fato político do dia e estou aguardando o julgamento para me pronunciar em nome do Supremo Tribunal Federal. A hora para fazê-lo é após o exame da acusação, da defesa e apresentação das provas, para se saber quem é inocente e quem é culpado. Processo penal é prova, não disputa política ou ideológica”, afirmou.
Barroso também rebateu a tentativa de apoiadores de Bolsonaro de relacionar o julgamento do ex-presidente com episódios vividos durante a ditadura militar no Brasil.
“Tendo vivido e combatido a ditadura, nela é que não havia devido processo legal público e transparente, acompanhado pela imprensa e pela sociedade em geral. Era um mundo de sombras. Hoje, tudo tem sido feito à luz do dia. O julgamento é um reflexo da realidade. Na vida, não adianta querer quebrar o espelho por não gostar da imagem”, criticou.
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