Renê da Silva Nogueira Júnior, preso preventivamente na região metropolitana de Belo Horizonte, após executar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, tratou o episódio com banalidade e pouca preocupação nas horas que sucederam o crime. O disparo aconteceu depois de uma discussão de trânsito banal que, ao que tudo indica, durou menos de 2 minutos.
Nos dias seguintes ao crime, vieram à tona mensagens enviadas por Renê à esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, nas quais ele tentava minimizar o episódio com frases como “amor eu não fiz nada” e “estava no lugar errado e na hora errada”. Os registros mostram que a comunicação foi unilateral: nenhuma das mensagens recebeu resposta.
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Pouco antes, Renê havia pedido que a esposa entregasse às autoridades a arma de uso profissional dela, uma pistola 9 milímetros, e não a de uso pessoal, identificada pela perícia como a que disparou contra o gari. O inquérito aponta ainda que o empresário buscou ajuda de um ex-coronel da PM e chegou a gravar áudios tentando justificar atrasos no trabalho como fruto de um “engarrafamento”
Renê responde por homicídio duplamente qualificado, ameaça e porte ilegal de arma de fogo, crimes que podem levar a até 35 anos de prisão. O Ministério Público pediu o bloqueio de R$3 milhões em bens do casal para garantir indenização à família de Laudemir, enquanto a delegada Ana Paula Balbino Nogueira é investigada por possível descuido na guarda da arma usada no crime.
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