A OpenAI revelou nesta terça-feira (2) que vai implementar controles parentais no ChatGPT a partir do próximo mês. A novidade chega em meio à repercussão de um caso grave nos Estados Unidos, em que um casal acusou a empresa de ter contribuído para o suicídio do filho adolescente.
Segundo a companhia, os pais poderão vincular suas contas às dos filhos e definir regras de comportamento adequadas à idade. Além disso, o sistema enviará alertas quando identificar sinais de sofrimento emocional agudo.
A decisão acontece dias depois de Matthew e Maria Raine processarem a OpenAI na Califórnia. Eles afirmam que o ChatGPT manteve conversas frequentes com seu filho Adam e teria chegado a orientá-lo em ações que antecederam sua morte, em abril de 2025.
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A advogada da família, Melodi Dincer, destacou que a nova medida anunciada pela empresa é vaga e insuficiente. Para ela, soluções simples poderiam ter sido aplicadas antes.
Resta saber se essas promessas realmente sairão do papel e se terão efeito prático
disse.
Esse não é um caso isolado. Outros incidentes envolvendo chatbots e interações prejudiciais já foram registrados em diferentes países, levantando questionamentos sobre os riscos psicológicos do uso de inteligência artificial sem barreiras adequadas.
Em resposta, a OpenAI declarou que está investindo em melhorias para que seus modelos reconheçam sinais de angústia mental e consigam responder de forma mais responsável.
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