Uma megaoperação da Polícia Federal e da Receita Federal, batizada de Operação Tank, colocou sob suspeita 46 postos de combustíveis em Curitiba e Região Metropolitana. A investigação aponta ligação dos estabelecimentos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e apura crimes de lavagem de dinheiro, contrabando de produtos químicos e sonegação fiscal.

De acordo com os investigadores, os postos fraudavam tanto a qualidade do combustível quanto a quantidade abastecida nas bombas, prática conhecida como “bomba-baixa”. O esquema teria movimentado mais de R$ 23 bilhões e lavado ao menos R$ 600 milhões por meio de empresas de fachada, distribuidoras e instituições financeiras usadas como “contas-bolsão”.

Na última quinta-feira (28), foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão preventiva em quatro estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A ação também tem conexão com a Operação Carbono Oculto, que investiga o braço financeiro do PCC em todo o país.

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No Paraná, a apuração começou em 2023, quando a Polícia identificou um casal de Pinhais, já ligado ao tráfico internacional, ostentando bens de luxo sem renda compatível. Eles teriam montado empresas de produtos químicos e uma distribuidora de petróleo em parceria com outros membros do grupo, sediada em Pinhais e com operações em Paulínia (SP).

Segundo a PF, cerca de 121 empresas depositaram mais de R$ 1,4 bilhão em contas ligadas à quadrilha sem qualquer justificativa contábil. O prejuízo aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 1,6 bilhão em tributos sonegados.

Confira abaixo a lista com os 46 postos investigados: